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Os números da fé no Brasil



Os números da fé no Brasil


Marcha para Jesus
Todos os anos, cada vez mais cidades brasileiras promovem sua Marcha para Jesus, evento evangélico que se espalha por todo o país arrastando multidões. Esse tem sido o novo retrato da igreja brasileira para as próximas décadas.
Em janeiro de 2005, o jornal Paixão pelas Almas publicou uma matéria especial abordando os resultados da pesquisa religiosa no Brasil, recém-divulgados pelo Censo do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – que fora realizado no início daquela década. Aquela edição mostrava que o crescimento dos evangélicos por todo o país ocorria de forma surpreendente, acima de qualquer outro grupo religioso e muito mais do que o crescimento da população – algo que também já havia sido constatado pelo departamento de pesquisas da SEPAL.
Agora, 7 anos depois, voltamos mais uma vez para falar das estatísticas do último Censo, realizado em 2010 e cujos resultados da pesquisa religiosa foram divulgados agora, no final de junho, pelo IBGE.
Os dados do Censo e a metodologia aplicada pelo IBGE freqüentemente tem sido alvo de críticas e questionamentos. Antes de irmos aos números, convém deixar claro que o IBGE tem se provado uma fonte confiável, conhecido nos meios acadêmicos como uma das melhores instituições de pesquisa de todo o mundo devido à qualidade de suas estatísticas. Além disso, importantes estudos acadêmicos e sociológicos confirmam a validade dos dados do IBGE, sendo publicados pelo ISER, Instituto de Estudos da Religião, do Rio de Janeiro e pelo Departamento de Sociologia da USP em São Paulo. A nível evangélico, a Sepal Pesquisas e o Projeto Brasil 2010 também levantaram informações em algumas cidades brasileiras e que também confirmam as informações do IBGE.
A pergunta é: afinal, quantos somos hoje?
A divulgação dos dados religiosos do Censo Demográfico 2010 mais uma vez surpreendeu, conseguindo ultrapassar todas as projeções mais otimistas. O anúncio de que o número oficial de evangélicos no Brasil, agora, estimado em 42,3 milhões de pessoas – ou 22,2% da população nacional – confirma a tendência de crescimento vertiginoso do segmento, acelerado nos anos 1980 e 90, mas que parecia ter perdido o ímpeto. Isso equivale a dizer que, de cada cinco brasileiros, um ou dois se declaram evangélicos. É muita coisa. A cada dia cerca de 4.400 brasileiros se tornam evangélicos.
Nos últimos dez anos, a Igreja Evangélica nacional cresceu mais de 6 pontos percentuais, o que configura um fenômeno religioso jamais visto na história do país. E isso, apesar de todos os questionamentos que as instituições religiosas têm enfrentado nos últimos anos, da perda de credibilidade de diversas denominações, dos escândalos envolvendo pastores famosos e do avanço do secularismo na sociedade. Para se ter uma ideia, o Censo também constatou que o grupo dos que se declaram ateus, agnósticos ou sem religião já conta com 15 milhões de pessoas.
Essa realidade mostra que os evangélicos no Brasil poderiam ter crescido ainda mais, não fosse o aumento significativo do esfriamento da fé de milhões de brasileiros. A situação confirma o alerta levantado pelo Jornal Paixão pelas Almas no ano de 2005, apontando a falta de comprometimento bíblico e espiritual de muitas igrejas (denominações), que expõe seus fiéis a verdadeiras aberrações teológicas – ensinos absolutamente estranhos às Escrituras, prometendo milagres que não acontecem, vendendo amuletos com poderes mágicos e se posicionando num limite entre seita e igreja. Os estragos que muitas decepções em nome de uma fé forjada tem causado na população forma a cada dia uma multidão de desiludidos, o que ajuda a engrossar as estatísticas dos que se declaram ateus. Outro problema são algumas novas igrejas que surgem a cada dia, oriundas de rebeliões e dissensões, cujo líder na maior parte dos casos não tem nenhum ou muito pouco conhecimento teológico. O favorecimento legal para a constituição de igrejas hoje no Brasil, que deveria ser vista como um grande trunfo e uma ferramenta a ser usada com zelo e prudência, infelizmente tem dado lugar a extravagâncias e escândalos.
Esses fatos provavelmente também explicam o considerável inchaço da categoria “evangélica não determinada”, situação em que o crente mantém todas as suas características como evangélico e sua fé em Cristo, mas opta por fazer isso fora de qualquer instituição. O Censo detectou quase 10 milhões de pessoas nessa situação. É muita gente! Tal fato pode estar sinalizando que há algum problema acontecendo com a igreja brasileira.
Mesmo assim, apesar da falha dos líderes e da ineficácia da igreja, a boa semente tem dado frutos e vem produzindo trinta, sessenta e cem por um, conforme é dito em Mateus 13:8,23. Embora ainda pareça utópico afirmar que o número de evangélicos vai superar o de católicos até meados deste século, o fato é que a Igreja Romana continua assistindo a uma debandada de fiéis. Praticamente absoluta no fim do século 19, quando seguida por quase 99% dos brasileiros, a fé católica se viu passar de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010.
Apesar da queda, católicos ainda são o grupo predominante no país. No Rio, no entanto, pela primeira vez eles aparecem com menos de 50% da população do estado.
Esta redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, mantendo-se mais elevada no Nordeste (de 79,9% para 72,2% entre 2000 e 2010) e no Sul (de 77,4% para 70,1%). A maior redução ocorreu no Norte, de 71,3% para 60,6%, ao passo que os evangélicos, nessa região, aumentaram sua representatividade de 19,8% para 28,5%.
Entre os estados, o menor percentual de católicos foi encontrado no Rio de Janeiro, 45,8% em 2010. O maior percentual ficou no Piauí, com 85,1%. Em relação aos evangélicos, a maior concentração registrada foi em Rondônia (33,8%), e a menor no Piauí (9,7%). Aliás, o Piauí é agora o único estado brasileiro com menos de 10% de evangélicos. No Censo de 2000, seis estados brasileiros, todos no nordeste, estavam abaixo dessa média.
As estatísticas de cidades com 0% de evangélicos não existem mais. No Censo de 2000, 11 cidades brasileiras detinham o índice de 0% de evangélicos, ou seja, naquele ano o IBGE não encontrou nem um crente nessas cidades. Agora essa infeliz estatística desapareceu das planilhas. Pela primeira vez, os evangélicos estão em todas as cidades brasileiras.
Mesmo com o avanço, em 6 cidades ainda prevalece menos de 1% de evangélicos, 5 delas no Rio Grande do Sul: Coronel Pilar (0,41%), Montauri (0,65%), União da Serra (0,81%), Dois Lajeados (0,85%) e Relvado (0,97%). A única cidade com menos de 1% de evangélicos fora do Rio Grande do Sul fica no Piauí – a cidade de Bocaina, com 4.369 habitantes, possui apenas 38 crentes – o que dá 0,87% da população do município. Apesar desses índices, vale lembrar que há 10 anos havia 71 cidades com menos de 1% de evangélicos, o que já é uma mudança e tanto.
A exemplo do Censo de 2000, o estado do Rio Grande do Sul continua detentor do título de recordista dos maiores contrastes religiosos do país. É disparado o estado onde podemos encontrar os maiores extremos da fé brasileira. É lá que se concentram as cidades com os maiores percentuais de população católica. 15 cidades brasileiras no topo da lista de maior concentração católica estão no Rio Grande do Sul. É lá também que se encontra a cidade brasileira com o maior índice de evangélicos. Por ironia do destino, a cidade gaúcha que recebe o nome de Arroio do Padre, ali o rebanho maior são dos pastores. Dos 2.730 moradores, 2.343 se declararam evangélicos, o que equivale a 85,82% da população. Rio Grande do Sul também concentra o maior número de cidades onde o índice de adeptos da Umbanda e Candomblé ficaram acima da proporção nacional, que é de 0,3%. 14 cidades gaúchas possuem mais de 2% de seguidores da religião dos Orixás, chegando a 5,87% na cidade de Cidreira. A lista de extremos que o Rio Grande do Sul tem a nos apresentar parece não ter fim: lá também se encontra a cidade brasileira do topo de lista onde mais da metade dos moradores se declararam sem religião: Chuí, no extremo sul, já na divisa com o Uruguai, 54,23% disseram ao IBGE que não possuem religião alguma.
Indicadores sócio-econômicos
Homens estão em maior proporção entre católicos e sem religião Com proporções de 65,5% para homens e 63,8% para mulheres, os católicos são, junto com os sem religião (9,7% para homens e 6,4% para mulheres), os que apresentam mais declarantes do sexo masculino. Nos demais grupos, as mulheres eram maioria. A proporção de católicos também foi maior entre as pessoas com mais de 40 anos, chegando a 75,2% no grupo com 80 anos ou mais. O mesmo se deu com os espíritas, cuja maior proporção estava no grupo entre 50 e 59 anos (3,1%). Já entre os evangélicos, os maiores percentuais foram verificados entre as crianças (25,8% na faixa de 5 a 9 anos) e adolescentes (25,4% no grupo de 10 a 14 anos). No que tange ao recorte por cor ou raça, as proporções de católicos seguem uma distribuição aproximada à do conjunto da população: 48,8% deles se declaram brancos, 43,0%, pardos, 6,8%, negros, 1,0%, amarelos e 0,3%, indígenas. Entre os espíritas, 68,7% eram brancos, percentual bem mais elevado que a participação deste grupo de cor ou raça no total da população (47,5%). Entre os evangélicos, a maior proporção era de pardos (45,7%). A maior representatividade de negros foi verificada na umbanda e candomblé (21,1%). No grupo dos sem religião, a declaração de cor mais presente também foi parda (47,1%).
Os resultados do Censo 2010 indicam importante diferença dos espíritas para os demais grupos religiosos no que se refere ao nível de instrução. Este grupo religioso possui a maior proporção de pessoas com nível superior completo (31,5%) e as menores percentagens de indivíduos sem instrução (1,8%) e com ensino fundamental incompleto (15,0%). Já os católicos (6,8%), os sem religião (6,7%) e evangélicos pentecostais (6,2%) são os grupos com as maiores proporções de pessoas de 15 anos ou mais de idade sem instrução. Em relação ao ensino fundamental incompleto são também esses três grupos de religião que apresentam as maiores proporções (39,8%, 39,2% e 42,3%, respectivamente).
Os católicos e os sem religião foram os grupos que tiveram os maiores percentuais de pessoas de 15 anos ou mais de idade não alfabetizadas (10,6% e 9,4%, respectivamente). Entre a população católica é proporcionalmente elevada a participação dos idosos, entre os quais a proporção de analfabetos é maior. Por outro lado, apenas 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.
Mais de 60% dos evangélicos pentecostais recebem até 1 salário mínimo.
A comparação da distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade por rendimento mensal domiciliar per capita revelou que 55,8% dos católicos estavam concentrados na faixa de até 1 salário mínimo. Mas são os evangélicos pentecostais o grupo com a maior proporção de pessoas nessa classe de rendimento (63,7%), seguidos dos sem religião (59,2%). No outro extremo, o das classes de rendimento acima de 5 salários mínimos, destaca-se o percentual observado para as pessoas que se declararam espíritas (19,7%).
Crescimento desordenado
Onde estão os evangélicos no BrasilO crescimento evangélico no Brasil não é homogêneo. A igreja não está presente simétrica e estrategicamente em todas as regiões e cidades brasileiras. Algumas observações básicas:
1) A região com o maior número de evangélicos é a Sudeste
2) Há 19 estados com mais de 20% da população que se diz evangélica, inclusive o Distrito Federal;
3) A região Nordeste é a que tem a menor porcentagem de evangélicos. Em 2000, a porcentagem de evangélicos naquela região era somente 10,26% enquanto a média para o país inteiro era 15,41% de evangélicos. Os únicos estados com menos de 15% de evangélicos ficam todos nessa região, sendo Piauí com menos de 10%. A boa notícia é que a taxa de crescimento de evangélicos na região Nordeste é a maior do Brasil! Na última década, a igreja nordestina cresceu 6 vezes mais rapidamente que a sua população, apresentando assim o índice mais elevado do país.
4) A região Sul é a região com o menor índice de evangelização e maior índice de crescimento do espiritismo e secularismo. Em toda a região Sul o crescimento dos evangélicos foi somente 4,32% comparado com um crescimento geral do país de 7,43%. Nos pampas gaúchos, o aumento da população não religiosa amplia-se quase duas vezes mais velozmente que aquele demonstrado pela igreja evangélica. A cidade de Porto Alegre é a capital menos evangelizada do Brasil.

As cidades carentes do evangelho

Atualmente, em 307 cidades menos de 5% de pessoas se identificam como evangélicas. Há 12 anos o Censo registrou 1132 cidades nessa situação. Apesar dos avanços, a igreja ainda não é visível e nem acessível para muitas pessoas. As cidades mais necessitadas do evangelho concentram-se no sertão nordestino, na região das cidades históricas e norte de Minas Gerais e no Sul Catarinense e Gaúcho.
O maior contraste evangelístico do país encontra-se no Rio Grande do Sul: a cidade de Alto Alegre com meros 3,9% de evangélicos é vizinha de um dos municípios com maiores índices de evangélicos: Quinze de Novembro, com 68,5% de crentes. Geograficamente, apenas 11 quilômetros separam as duas cidades.

A realidade nordestina

A expansão do evangelho encontra duas faces bem distintas no Nordeste: a litorânea e a sertaneja. O litoral nordestino das praias paradisíacas de água morna o ano todo, com shoppings modernos, movimentado comércio e grande concentração de igrejas evangélicas e templos colossais. A beira mar, a igreja nordestina tem crescido mais rapidamente que qualquer região do país. No sertão, contudo, nordeste da evidente miséria humana, avassaladora injustiça social, predominância católica, extrema idolatria, a presença evangélica mostra-se ínfima (média de 3% em muitas cidades), com alguns templos caindo aos pedaços e acanhada capacidade de expansão.

A realidade amazônica

Apesar de sua tímida população, a igreja evangélica no norte apresentou uma das maiores taxas de crescimento do Brasil na última década. A cidade de Manaus, por exemplo, é uma das cidades mais bem evangelizadas do país.
Entretanto, o norte também é uma terra de contrastes. O número de comunidades ribeirinhas, a beira dos rios Amazonas, Negro, Solimões e outros, podem chegar a 40 mil. São aglomerações de 100 a 500 pessoas, somente acessíveis via barco. Aproximadamente 90% dessas comunidades não possuem nenhum agrupamento evangélico.

Conclusão

Todas essas informações mostram que a igreja brasileira precisa olhar para o futuro, refletir nos seus erros e acertos, se alegrando em Deus por todas as bênçãos, mas sem orgulhos mesquinhos e ufanismo. É fundamental que o crescimento quantitativo dos evangélicos no Brasil seja acompanhado de qualidade espiritual, ou seja, que haja verdadeiramente mudança de vida através de Cristo, pois senão, de nada adiantará os números. As mudanças positivas do Evangelho de Cristo dentro da sociedade brasileira só poderão ocorrer se realmente toda essa multidão de crentes adotarem uma postura de vida alicerçada na Bíblia Sagrada.
Ao mesmo tempo em que os evangélicos crescem numericamente e aumentam de forma considerável sua influência em todas as esferas da vida nacional, escândalos e denúncias envolvendo dinheiro, sexo e abuso de poder multiplicam-se e maculam a imagem das igrejas e de seus líderes. Estaríamos prestes a entrar numa geração corrompida de crentes que busquem vantagens e não mais a Deus?
Mesmo que esteja em curso uma batalha espiritual contra a expansão do Reino de Deus, as críticas e acusações sobre o que acontece nos templos de Norte a Sul do país são tão sérias que, ignorá-las, seria mesmo anti-bíblico. Tudo isso traz um sério questionamento para os cristãos: diante de tal quadro já hoje: afinal, como será esse Brasil evangélico de 2022?
A igreja precisa estar preparada para as próximas décadas, em que provavelmente terá que conviver num país em que em cada duas pessoas, uma será crente. Isso significa novos desafios pela frente. Os evangélicos terão que aprender a lidar com uma maior exposição pela mídia, terão que ter discernimento para não se iludirem com os apelos comerciais e publicitários, saberem controlar a sedução pelo poder, terem auto-controle para não caírem nas arapucas de políticos corruptos e saberem praticar com a mente de Cristo a convivência com os grupos minoritários. Em suma, por mais contraditório que tal frase possa parecer, os evangélicos terão que aprender a confiar mais em Deus. Quando há aumento de representatividade de um grupo de pessoas numa sociedade, a tendência desse grupo é confiar em sua própria força para resolver seus problemas, algo que biblicamente é muito perigoso. A igreja das próximas décadas terá que aprender mais do que nunca a ter a Bíblia como guia de referência em tudo que for feito. Que tudo seja para a glória de Deus.
Por esse motivo, as informações desse gigantesco crescimento da igreja brasileira devem ser recebidas com humildade e sabedoria, reconhecendo que a Igreja sem Cristo nada é.
Faça abaixo o downolad da tabela completa com os dados religiosos dos 5.565 municípios brasileiros pesquisados pelo IBGE, incluindo o percentual de cada grupo religioso em sua cidade. Além disso a tabela traz os dados de cada estado, de maneira que você mesmo possa desenvolver suas próprias pesquisas regionais.
   Link para download: planilha para o formado do Excel 2007-2010


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