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Perdoar não é esquecer



Um irmão me procurou muito preocupado e até um tanto desanimado. Quando o questionei do porquê estar daquele jeito, ele afirmou com tristeza:

- Pastor, eu não consigo perdoar.e continuou:- E se eu não consigo perdoar, a Bíblia afirma que Deus também não me perdoará. Isso está acabando comigo.Eu então desejei saber o que o levou a pensar assim. Por que estava convicto que não conseguia perdoar. E então ele me disse:- Eu sei que não consigo perdoar porque eu não consigo esquecer o que me fizeram de ruim. A Bíblia afirma que quem perdoa, esquece. Isso não ocorre comigo. 

Eu não consigo esquecer...A conversa que tive com ele a seguir foi em uma tentativa de explicar que esse conceito não é a interpretação fiel das Escrituras.E esse acontecimento me fez pensar sobre o que ouvimos de muitas pessoas  sobre o perdão.O trecho bíblico usualmente mencionado nessas ocasiões é o de Jer. 31:34, onde Deus diz: "Perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei". Alguns pensam que esse versículo nos diz como devemos perdoar.Há porém, pelo menos dois problemas com essa definição e interpretação de perdão:

Primeiro, não é realista.A nossa mente não funciona dessa forma e a nossa memória é poderosa. A tentativa de esquecer o que alguém cometeu contra nós servirá como incentivo para lembrá-lo. Deus não apaga, deleta nossa memória por completo quando perdoamos alguém.

Podemos até não lembrar com a mesma frequência com que lembrávamos, mas um cheiro, um local, um fato ocorrido, etc... poderá fazer com que lembremos da ofensa ou da humilhação do passado.Continuaremos lembrando de nosso passado. Isso é um fato inquestionável.

Segundo, não é bíblico.A passagem em Jeremias não diz que Deus sofre de amnésia quando olha para nós. Se nós, seres humanos, não esquecemos nosso passado, imagine então Deus. 

O nosso Deus onisciente não esquece nada. A palavra "lembrar", aqui, não é relacionada à "memória", mas sim à "promessa", à "aliança". Deus promete que, quando nos arrependemos e confessamos os nossos pecados: "Eu não tratarei vocês do jeito que seus pecados merecem. Em vez disso, Eu lhes perdoarei".

É por isso que o perdão é tanto um evento do passado quanto um processo que continuará no futuro. É uma promessa que fazemos no passado e que cumpriremos no futuro. Quando isso é feito, a lembrança das ofensas menores normalmente se dissipa. A de ofensas maiores, provavelmente não.

Veja esses exemplos: Um cônjuge traído nunca esquecerá a traição. Uma pessoa que foi abusada sexualmente nunca esquecerá disso. Um filho que foi espancado pelo pai nunca esquecerá esse acontecimento. Um pai que foi desprezado pelo filho não esquecerá tal fato. E assim tantos outros...

Mas, mesmo assim, cada uma dessas pessoas pode praticar o perdão bíblico. Elas podem fazer uma promessa e permanecer fiéis a essa promessa ao longo do tempo.É muito importante que entendamos as duas dimensões do perdão.Senão nos desviaremos para uma das duas direções opostas, sendo que ambas são igualmente erradas: 

1) seremos atormentados por dúvidas e nos perguntaremos se, de fato, perdoamos aquela pessoa, porque acreditamos que perdoar é igual a esquecer. 
2) nós cederemos à amargura sem perceber, porque pensamos que, já que perdoamos alguém no passado, podemos nutrir e guardar alguns restos daquela mágoa no presente.
Como entender definitivamente o perdão bíblico, então:

a) Perdoar não é esquecer a ofensa. Perdoar é mesmo lembrando da ofensa, não tratar o ofensor como ele mereceria ser tratado.

b) Perdoar não é esquecer a humilhação ou o prejuízo, mas mesmo lembrando, não levar mais em consideração aquele sentimento que nos destruía. Antes, renunciamos a ele e praticamos o amor cristão.

c) Perdoar é não guardar mágoa ou rancor no coração, antes ter uma postura de reconciliação e misericórdia.

d) Perdoar não é pedir desculpas. Existe uma imensa diferença entre desculpas e perdão. Por ex. se eu derrubo uma copo de suco acidentalmente sobre alguém, eu devo pedir desculpas e ajudar a pessoa na limpeza. Mas, suponhamos que eu estava irritado e joguei o suco em alguém de propósito. Isso não é acidente, isso é pecado. Devo então reconhecer que pequei, assumir o erro e pedir perdão.

Encerro esse artigo ilustrando-o com uma história que li:

"Certa vez, um oficial turco assaltou e saqueou a casa de um armênio. Matou os pais idosos e entregou as suas filhas aos soldados, ficando a mais velha para si.  Algum tempo depois, ela conseguiu escapar e se formou como enfermeira. Com o passar do tempo, encontrou trabalho numa guarnição de oficiais turcos. Certa noite, à luz de uma lanterna, ela viu o rosto daquele oficial. A sua doença era tão grave que, sem cuidados excepcionais, estaria entregue à morte. 

Os dias se passaram e ele se recuperou. Um dia, o médico, se aproximando de sua cama com a enfermeira, lhe disse: "Se não fosse a devoção dela, você estaria morto". Ele olhou para ela e disse: "Nós já nos encontramos antes, não é?" "Sim", ela disse, "me lembro bem... nós já nos encontramos". Ele perguntou: "Por que você não me matou?" e ela então respondeu:

 "Eu sou uma seguidora daquele que disse: Amai vossos inimigos"."
Pela maravilhosa Graça de Deus, imitemos essa irmã em Cristo nas nossas vidas e relacionamentos.

Deus nos abençoe.
Pr. Magdiel G Anselmo.

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